segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010






O que é gótico? Eis a questão...
Para solucionarmos esta pergunta precisamos retroceder alguns séculos, mais precisamente a era medieval. Na idade das trevas, havia um povo conhecido como visigótico, eles viviam na região da Alemanha e tinham um grande fascínio pela morte e viviam próximos desta. Entretanto qual o porquê da roupa preta? Qual é a fixação por locais tais como cemitérios e bares para lá de sombrios? A pergunta já clássica "Vocês bebem sangue e dormem em caixão? Fazem parte das coisas mais comuns que já ouvimos por aí...

Continuando. Os Góticos também eram conhecidos pela arquitetura arrojada para o período, criaram o chamado arco gótico, o que lhes permitia erigirem castelos e fortalezas mais fortes e resistentes de que os de outras civilizações da época.

Estes castelos, mansões e fortificações sobreviveram aos séculos. Desde suas fundações eram palcos de histórias e lendas, muitas ligadas ao sobrenatural e o místico. Eram os chamados locais mal-assombrados, evitados e dedicados a distantes realezas. Ao final do século XVIII, eles foram revisitados por uma nova estirpe de habitantes.

Eram poetas, artistas plásticos, escritores, boêmios, ocultistas e sonhadores. Nessas velhas costruções, eles se reuniam. Com sua imaginação habitavam os velhos salões, invocavam espíritos ancestrais, olhando cortinas velhas e rasgadas ao vento, ao sabor de goles do doce absinto e do imprescendível vinho. O cemitério era um outro local, com seus anjos de mármore, frias testemunhas da dor e da eterna busca pelo etéreo destes artistas.

Nas sombras eles produziam obras imortais como Frankenstein, O corvo, As flores do mal, Dracula e outras tantas imortalizadas pelo tempo. Obras imortais. Este é o mundo dos góticos, sombrio e languidamente romântico. Uma eterna busca, guiada pela noite e seus mistérios.

Estas foram as bases que orientaram alguns jovens no final dos anos setenta, o cenário era extremo. De um lado a contestação ao sistema de extrema direita, feita pelos punks. Do outro uma cultura jovem alienada e psicodélica das discotecas. Neste conturbado período os jovens que procuravam pela arte e a cultura, estavam desfalcados e procurando por um espaço próprio de expressão de suas idéias. Este espaço começou a surgir com o aparecimento do estilo musical "coldwave"(onda fria, em inglês), era um som mais frio, gelado e apropriado para estes jovens que se reuniam em casas abandonadas, cemitérios para discutirem sobre cultura, realizarem saraus literários e apreciarem um bom vinho ou absinto.


O "coldwave" aos poucos começou a atrair músicos de outros estilos, algumas bandas originalmente punks e os chamados ultra-românticos, desse modo formando os primeiros Darks nos primórdios dos anos oitenta. Neste período a coldwave se espalhou pelo mundo, originando bandas como Siouxie and the Banshees, Baú- Haus, The Sisters of Mercy e tantos outros. No Brasil, a coldwave e seu estilo sombrio foram principalmente divulgados pelo estilista Rudy Velásquez, conhecido por Madame Satã (O qual mais tarde foi imortalizado no nome de uma das mais tradicionais casas do estilo).

Na virada dos anos oitenta para noventa, os primeiros darks saíram de cena e abriram espaço para os góticos. Estes chegaram com um visual mais complexo e estiloso, buscando ainda mais por um refinamento musical e assumindo uma atitude de estilo de vida sombrio.

A cultura gótica sempre esteve ligada com a arte. Não importando qual fosse essa, música, poesia, pintura, escultura, e vem manifestando-se ora como um sentimento nostálgico, ora melancólico, ás vezes tenebroso e sempre celebrando um lado sombrio da vida e da arte. Você não se torna gótico, você nasce como um desde o primeiro dia de sua vida...

Vampiros

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e a sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos. Sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Sendo que suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se "mortos-vivos'' vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertassem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod narra a origem dos vampiros. Além de "A Crônica das Sombras" revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e "A Crônica dos Segredos" que revela os mistérios vampíricos.
A tradição judaico-cristão, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão Abel. Os Anjos do Criador foram até Caim exigir que ele se redimisse. Caim orgulhoso recusou-se, e aceitou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado á solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas Caim ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz em Enoque, até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo enviado por Deus, por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, a prole de Caim reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um tempo de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confundem-se entre os relatos, e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG¿s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo ''Vampiro'' ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, todas as civilizações possuem uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, é imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre vários povos desde a antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula ("Dracul" originalmente significa "Dragão") foi herdado de seu pai, Vlad II que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. A confusão se deu através da semelhança entre os termos "Drache" que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e "Drac" que significa "diabo".
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de "Drácula" inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula são praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maiorias das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a historia do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidade por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção ao mar e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A ''Vampira do Amazonas" possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em Maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore..

Camarilha

A Camarilla é a maior seita de vampiros existente no planeta. Foi criada na Idade Média, no ano de 1486. O objetivo principal era unir, e fortalecer a raça dos vampiros que estavam ameaçados de extinção, devido a implacável perseguição da Igreja Católica através da Santa Inquisição. Historicamente, houveram muitas tentativas de líderes da Camarilla em assegurar maior autoridade sobre os outros vampiros, nenhuma delas obteve sucesso.
Atualmente, a Camarilla abriga praticamente todas as linhagens de vampiros, e segue uma doutrina rígida de princípios, onde o fator mais importante à ser observado é a preservação da identidade, e da raça.


As Tradições

· A Primeira Tradição: A Máscara
Não revelarás tua verdadeira natureza àqueles que não sejam do Sangue. Ao fazer isto, renunciará aos teus direitos de Sangue.

· A Segunda Tradição: O Domínio
Teu domínio é tua inteira responsabilidade. Todos os outros devem-te respeito enquanto nele estiverem. Ninguém poderá desafiar tua palavra enquanto estiver em teu domínio.

· A Terceira Tradição: A Progênie
Apenas com a permissão de teu ancião gerarás outro de tua raça. Se criares sem a permissão de teu ancião, tu e tua progênie serão sacrificados.

· A Quarta Tradição: A Responsabilidade
Aqueles que criares serão teus próprios filhos. Até que tua progênie seja liberada, tu os comandará em todas as coisas. Os pecados de teus filhos recairão sobre ti.

· A Quinta Tradição: A Hospitalidade
Honrarás o domínio de teu próximo. Quando chegares a uma cidade estrangeira, tu te apresentarás perante aquele que a gerir. Sem a palavra de aceitação, tu não és nada.

· A Sexta Tradição: A Destruição
Tu és proibido de destruir outro de tua espécie. O direito de destruição pertence apenas ao teu ancião. Apenas os mais antigos entre vós, convocarão a Caçada de Sangue.

Sou Bruxa

Sou bruxa!
Adivinho meu quereres,
vejo-os, decodifico-os...
Saio de minhas dores,
com poções mágicas de vida,
de confiança.
Sou fraca, forte, mulher!
Sou bruxa!
Tento enfeitiçar você,
com olhar de cumplicidade,
com palavras de vontade,
com zelo de tudo.
Vôo também!
Aposentei a vassoura,
quebrei o paradigma,
Larguei o velho livro de feitiços,
abri novo caminho,
nova página...
Viajo no pensamento,
na mais bonita estrela,
na transferência da presença.
Sou bruxa do bem!
do bem querer-lhe,
bem amar,
bem desejar,
bem estar,
sua bruxinha!
Transponho distâncias,
materializo-me,
faço-me ouvir,
voz e sentir...
Alguém tem medo de mim?

Jane Lagares
Direitos Autorais Reservados

**************************************
" Ser uma Bruxa é ter
a Força dos Céus;
a Luz do Sol;
o Resplendor do Fogo;
a Presteza do Vento;
a Profundidade do Mar;
a Estabilidade da Terra
e a Firmeza de uma Rocha.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010






O que é gótico? Eis a questão...
Para solucionarmos esta pergunta precisamos retroceder alguns séculos, mais precisamente a era medieval. Na idade das trevas, havia um povo conhecido como visigótico, eles viviam na região da Alemanha e tinham um grande fascínio pela morte e viviam próximos desta. Entretanto qual o porquê da roupa preta? Qual é a fixação por locais tais como cemitérios e bares para lá de sombrios? A pergunta já clássica "Vocês bebem sangue e dormem em caixão? Fazem parte das coisas mais comuns que já ouvimos por aí...

Continuando. Os Góticos também eram conhecidos pela arquitetura arrojada para o período, criaram o chamado arco gótico, o que lhes permitia erigirem castelos e fortalezas mais fortes e resistentes de que os de outras civilizações da época.

Estes castelos, mansões e fortificações sobreviveram aos séculos. Desde suas fundações eram palcos de histórias e lendas, muitas ligadas ao sobrenatural e o místico. Eram os chamados locais mal-assombrados, evitados e dedicados a distantes realezas. Ao final do século XVIII, eles foram revisitados por uma nova estirpe de habitantes.

Eram poetas, artistas plásticos, escritores, boêmios, ocultistas e sonhadores. Nessas velhas costruções, eles se reuniam. Com sua imaginação habitavam os velhos salões, invocavam espíritos ancestrais, olhando cortinas velhas e rasgadas ao vento, ao sabor de goles do doce absinto e do imprescendível vinho. O cemitério era um outro local, com seus anjos de mármore, frias testemunhas da dor e da eterna busca pelo etéreo destes artistas.

Nas sombras eles produziam obras imortais como Frankenstein, O corvo, As flores do mal, Dracula e outras tantas imortalizadas pelo tempo. Obras imortais. Este é o mundo dos góticos, sombrio e languidamente romântico. Uma eterna busca, guiada pela noite e seus mistérios.

Estas foram as bases que orientaram alguns jovens no final dos anos setenta, o cenário era extremo. De um lado a contestação ao sistema de extrema direita, feita pelos punks. Do outro uma cultura jovem alienada e psicodélica das discotecas. Neste conturbado período os jovens que procuravam pela arte e a cultura, estavam desfalcados e procurando por um espaço próprio de expressão de suas idéias. Este espaço começou a surgir com o aparecimento do estilo musical "coldwave"(onda fria, em inglês), era um som mais frio, gelado e apropriado para estes jovens que se reuniam em casas abandonadas, cemitérios para discutirem sobre cultura, realizarem saraus literários e apreciarem um bom vinho ou absinto.


O "coldwave" aos poucos começou a atrair músicos de outros estilos, algumas bandas originalmente punks e os chamados ultra-românticos, desse modo formando os primeiros Darks nos primórdios dos anos oitenta. Neste período a coldwave se espalhou pelo mundo, originando bandas como Siouxie and the Banshees, Baú- Haus, The Sisters of Mercy e tantos outros. No Brasil, a coldwave e seu estilo sombrio foram principalmente divulgados pelo estilista Rudy Velásquez, conhecido por Madame Satã (O qual mais tarde foi imortalizado no nome de uma das mais tradicionais casas do estilo).

Na virada dos anos oitenta para noventa, os primeiros darks saíram de cena e abriram espaço para os góticos. Estes chegaram com um visual mais complexo e estiloso, buscando ainda mais por um refinamento musical e assumindo uma atitude de estilo de vida sombrio.

A cultura gótica sempre esteve ligada com a arte. Não importando qual fosse essa, música, poesia, pintura, escultura, e vem manifestando-se ora como um sentimento nostálgico, ora melancólico, ás vezes tenebroso e sempre celebrando um lado sombrio da vida e da arte. Você não se torna gótico, você nasce como um desde o primeiro dia de sua vida...

Vampiros

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e a sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos. Sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Sendo que suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se "mortos-vivos'' vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertassem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod narra a origem dos vampiros. Além de "A Crônica das Sombras" revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e "A Crônica dos Segredos" que revela os mistérios vampíricos.
A tradição judaico-cristão, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão Abel. Os Anjos do Criador foram até Caim exigir que ele se redimisse. Caim orgulhoso recusou-se, e aceitou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado á solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas Caim ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz em Enoque, até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo enviado por Deus, por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, a prole de Caim reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um tempo de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confundem-se entre os relatos, e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG¿s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo ''Vampiro'' ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, todas as civilizações possuem uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, é imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre vários povos desde a antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula ("Dracul" originalmente significa "Dragão") foi herdado de seu pai, Vlad II que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. A confusão se deu através da semelhança entre os termos "Drache" que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e "Drac" que significa "diabo".
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de "Drácula" inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula são praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maiorias das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a historia do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidade por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção ao mar e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A ''Vampira do Amazonas" possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em Maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore..

Camarilha

A Camarilla é a maior seita de vampiros existente no planeta. Foi criada na Idade Média, no ano de 1486. O objetivo principal era unir, e fortalecer a raça dos vampiros que estavam ameaçados de extinção, devido a implacável perseguição da Igreja Católica através da Santa Inquisição. Historicamente, houveram muitas tentativas de líderes da Camarilla em assegurar maior autoridade sobre os outros vampiros, nenhuma delas obteve sucesso.
Atualmente, a Camarilla abriga praticamente todas as linhagens de vampiros, e segue uma doutrina rígida de princípios, onde o fator mais importante à ser observado é a preservação da identidade, e da raça.


As Tradições

· A Primeira Tradição: A Máscara
Não revelarás tua verdadeira natureza àqueles que não sejam do Sangue. Ao fazer isto, renunciará aos teus direitos de Sangue.

· A Segunda Tradição: O Domínio
Teu domínio é tua inteira responsabilidade. Todos os outros devem-te respeito enquanto nele estiverem. Ninguém poderá desafiar tua palavra enquanto estiver em teu domínio.

· A Terceira Tradição: A Progênie
Apenas com a permissão de teu ancião gerarás outro de tua raça. Se criares sem a permissão de teu ancião, tu e tua progênie serão sacrificados.

· A Quarta Tradição: A Responsabilidade
Aqueles que criares serão teus próprios filhos. Até que tua progênie seja liberada, tu os comandará em todas as coisas. Os pecados de teus filhos recairão sobre ti.

· A Quinta Tradição: A Hospitalidade
Honrarás o domínio de teu próximo. Quando chegares a uma cidade estrangeira, tu te apresentarás perante aquele que a gerir. Sem a palavra de aceitação, tu não és nada.

· A Sexta Tradição: A Destruição
Tu és proibido de destruir outro de tua espécie. O direito de destruição pertence apenas ao teu ancião. Apenas os mais antigos entre vós, convocarão a Caçada de Sangue.

Sou Bruxa

Sou bruxa!
Adivinho meu quereres,
vejo-os, decodifico-os...
Saio de minhas dores,
com poções mágicas de vida,
de confiança.
Sou fraca, forte, mulher!
Sou bruxa!
Tento enfeitiçar você,
com olhar de cumplicidade,
com palavras de vontade,
com zelo de tudo.
Vôo também!
Aposentei a vassoura,
quebrei o paradigma,
Larguei o velho livro de feitiços,
abri novo caminho,
nova página...
Viajo no pensamento,
na mais bonita estrela,
na transferência da presença.
Sou bruxa do bem!
do bem querer-lhe,
bem amar,
bem desejar,
bem estar,
sua bruxinha!
Transponho distâncias,
materializo-me,
faço-me ouvir,
voz e sentir...
Alguém tem medo de mim?

Jane Lagares
Direitos Autorais Reservados

**************************************
" Ser uma Bruxa é ter
a Força dos Céus;
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a Profundidade do Mar;
a Estabilidade da Terra
e a Firmeza de uma Rocha.

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